O livro didático
tem sido seguidamente utilizado nas sociedades com educação institucionalizada.
Na Europa, antes da imprensa, os alunos produziam seus próprios cadernos de
textos. Com o advento da imprensa isso mudou. Os livros didáticos foram os
primeiros materiais produzidos em série, apesar de considerados como mercadoria
de acesso restrito às classes mais abastadas. Os livros didáticos ganharam o
status de portadores da verdade, já que expressavam o resultado das ciências e
valores da sociedade. Essa concepção prosseguiu e ganhou força com o tempo,
assim como a da escola como lugar preferencial de divulgação e disseminação da
cultura escrita.
No Brasil, até
meados do século XX, a maior parte dos livros didáticos editados e impressos
eram de autores estrangeiros. Até a década de 60 os textos escolares eram
escritos em um vocabulário próximo do acadêmico.
A partir da
década de 70 houve a transição dos manuais para os livros didáticos, que são
progressivamente adaptados às necessidades do público leitor. Com a
democratização do ensino, o livro didático passa a ser distribuído nas escolas,
ocupando o lugar central nos processos de ensino e aprendizagem. No final da
década de 90 o MEC criou um programa (Programa Nacional do Livro Didático) de
avaliação dos livros didáticos existentes no mercado, respeitando as
diversidades regionais, buscando a hegemonia da qualidade. Uma coleção só tinha
continuidade no mercado se fosse revisada ou atualizada em um intervalo mínimo
de três anos. Nesse sentido, a produção e comercialização de livros didáticos
passaram a ser um negócio de alto risco e competitividade entre diferentes editoras
interessadas no mercado estatal e privadas. Com isso, houve uma certa melhoria
na qualidade tanto dos conteúdos – mais críticos, contextualizados, realistas e
aprofundados – quanto do aspecto gráfico, técnico e didático-pedagógico .Para
Furlan (2002), o uso de revista ou de jornal pode ser objeto de trabalho dos
alunos como leitura de aprofundamento, de atualização, ou mesmo como fonte de
problematização de um tema de pesquisa. Muitas vezes o uso dessa fonte se faz
sem que o professor estabeleça objetivos, considerando o planejamento de um a
seqüência de atividades coerentes com os objetivos de aprendizagem.
Prevalece um uso
espontaneísta dos materiais, como se eles dessem conta de ensinar sozinhos.
Tradicionalmente, os materiais têm sido utilizados mais como fonte de
informação conceitual e muito menos como meios, nos quais o fazer de alunos e
professores se combinem para que o aluno possa confrontar conhecimentos,
desenvolver habilidades e problematizar questões da disciplina. Os materiais
podem e devem mediar a aprendizagem, pois permitem envolver os alunos em
situações concretas de estudo, cuja realização implica a aprendizagem de
procedimentos, valores e atitudes característicos do ofício de estudante.
Fonte:http://pt.scribd.com/eunicescamargo5129/d/6043445-Midias-Impressas-Em-Sala-de-Aula
Um comentário:
já havia lido este texto e gostado muito e iria postar no meu blog, mas li no seu antes e desisti.
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